PLANO
DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO
1.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ESCOLA
MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL IRMÃ MARIA CATARINA
Endereço:
Rua Esteio, 135 – Vila Ipiranga – Passo Fundo-RS
Diretora:
Magda Aparecida dos Santos Rodrigues
Vice-diretora:
Elizania Lautert dos Santos
Coordenadora
pedagógica: Anos Iniciais - Lussani Stivanin
Anos Finais - Vera
Lúcia Dalbosco
Ano
de vigência: 2012
2.
JUSTIFICATIVA:
O
processo de Formação Continuada pressupõe uma formação voltada
às necessidades encontradas no cotidiano escolar. Sendo assim,
pensar a importância da formação do grupo docente nos remete a
reflexão, sobre a própria natureza do saber e do fazer humano. O
homem, como sujeito histórico e social, é um sujeito inacabado que
transforma constantemente a sociedade e ao mesmo tempo se transforma
em decorrência do conhecimento e das relações
estabelecidas. Portanto o conhecimento não é estanque. Nesse
sentido, é fundamental que educadores, mediadores da educação
formal, tenham momentos de estudos e reflexões de seu fazer
pedagógico, aprimorando-se para um ensino de qualidade. Conforme
Libâneo, a formação continuada possibilita a reflexão e a mudança
nas práticas docentes, ajudando os professores a tomar consciência
de suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas a fim de
saná-las. Paulo
Freire, há algum tempo, já defendia que para ser professor não
basta ter vocação, é preciso estudo, pesquisa e reflexão da ação
constantemente. Nas palavras do pensador: “Ninguém
nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador,
a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na
reflexão da prática”. (FREIRE,1991).
Marques,
também enfatiza que a educação está em constante renovação.
“Ademais, o professor é trabalhador do conhecimento, cuja
dinâmica faz com que a educação assuma caráter de permanente
recomeço e renovação.” (MARQUES, 2000, p. 207, 208). Nesse
sentido, é importante que o professor esteja aberto às inovações,
porque sendo um trabalhador do conhecimento consequentemente estará
inovando seu trabalho. Nesta linha de pensamento, Perrenoud (2000)
também destaca que, a implantação de qualquer proposta pedagógica
que tenha implicações em novas posturas frente ao conhecimento,
conduz a uma renovação das práticas nos processos ensinos e
aprendizagem, a formação continuada de professores assume um espaço
de grande importância. Portanto, desenvolver a formação de
professores na escola, é de grande valia devido ao processo de
inovação que vive a sociedade.
Além
disso, as informações e as inovações tecnológicas exigem do
educador o conhecimento de novas ferramentas informatizadas, em razão
da complexidade. Neste novo contexto, surge a figura do
“educomunicador”, que é, ou pelo menos, deve ser alguém que
consegue as funções de educador e de comunicador. Um profissional
consciente de seu papel na era da informação e da comunicação.
Que percebe as potencialidades das ferramentas que têm ao seu
alcance e faz uso delas para mediar o conhecimento. Alguém que
divide com seus alunos a construção de um saber compartilhado.
Sendo assim, é preciso a atualização para
que o professor não se torne obsoleto diante da sociedade que está
em constante transformações e buscando novas informações.
Vale
ressaltar também a importância de formar pessoas que saibam viver,
ser e fazer, além de apenas conhecer. Isto implica desenvolver na
criança diferentes habilidades que historicamente a educação deu
pouco valor e que o professor precisa aos poucos aprimorá-las.
Desenvolver alunos autônomos de seu conhecimento não se faz, por
exemplo, por ação apenas do tempo. Isso é responsabilidade do
educador, porque ninguém chega à escola sabendo pesquisar e não se
aprende a fazer isso num passe de mágica. Segundo Bernadete Campelo,
“A investigação na escola está
intimamente ligada à orientação. Se até mesmo um doutorado tem um
orientador, por que as crianças da Educação Básica dariam conta
do trabalho sozinhas?”. Nota-se
que, para uma boa pesquisa é fundamental a orientação ao educando
que dê conta de alguns requisitos como: apresentar a ele fontes
confiáveis, ensiná-lo a localizar e selecionar informações
essenciais para a pesquisa. O acompanhamento do aluno à pesquisa é
imprescindível para o desenvolvimento de suas habilidades. Além
disso, é necessário que o aluno conheça modelos de pesquisas.
Apropriando-se de exemplos, facilita o seu trabalho e possivelmente
leva-o para um resultado final. Com isso, evita também a decepção
de não conseguir desenvolver um trabalho, causando uma aversão à
pesquisa e a própria escola.
3.
OBJETIVO GERAL
Proporcionar
aos docentes momentos de fundamentação teórica e reflexão da
prática, aperfeiçoando o conhecimento nas diferentes áreas e
aprimorando a ação pedagógica.
4.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
─ Avaliar,
repensar e reconstruir o PPPP da escola.
─ Socializar
os diferentes olhares e práticas pedagógicas.
─Avaliar
e repensar o papel da escola na sociedade atual, analisando quais
caminhos tomar para melhorar a ação docente e qualificar as ações
em torno da formação integral do educando.
─ Pensar
novas propostas pedagógicas, a fim de sanar as dificuldades de
aprendizagem.
─ Utilizar
a literatura como recurso de aprendizagem em todo o cotidiano
escolar.
─ Instrumentalizar
o professor para que possa orientar o aluno a pesquisar, tornando-o
autônomo de seu conhecimento.
─ Instrumentalizar
os professores para o uso das novas tecnologias como ferramenta
metodológica.
─ Qualificar
os espaços de planejamento coletivo, relacionando teoria e prática.
5.
METODOLOGIA
O
pressuposto básico do programa será a participação do professor
como sujeito de sua formação. Neste sentido, o desenvolvimento dos
estudos se processará a partir de leituras, filmes, debates,
seminários e terá como fio condutor às inquietudes, preocupações
e interesses dos docentes. A qualificação da prática pedagógica e
a reelaboração do PPPP da escola serão os fins almejados. O
percurso metodológico prevê:
a)
planejamento prévio da equipe gestora, funcionando como grupo de
suporte ao processo;
b)
seleção de textos acessíveis e adequados às áreas de
conhecimento dos professores;
c)
atividades práticas no laboratório de informática, visando a
transposição didática e qualificação da prática pedagógica.
6.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ANOS
INICIAIS:
Temas
|
Data
|
Turno
|
Carga
horária
|
Assessoria
|
Reflexão
sobre a aprendizagem
|
24/02
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
Projeto
Político Pedagógico e gestão democrática. Estudo do PDE
interativo. Debate e definição das metas para 2012.
|
17/03
|
Manhã
|
4h
|
Equipe Gestora
|
Introdução
do documento de avaliação para os 1º, 2º e 3º anos, dos Anos
Iniciais.
|
10/04
|
Tarde
|
2h
|
Equipe Gestora
|
Interdisciplinaridade,
metodologia de projetos, tema gerador e eixos temáticos
|
14/04
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
gestora
|
Tematização
da avaliação na escola
|
28/04
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
Formação Moodle
|
15/05
|
Manhã
|
4h
|
UPF
|
Literatura
e Aprendizagem
|
30/05
|
Tarde
|
2h
|
Mundo
da Leitura
|
Literatura
e Aprendizagem
|
06/06
|
Tarde
|
2h
|
Mundo
da Leitura
|
Literatura
e Aprendizagem
|
20/06
|
Tarde
|
2h
|
Mundo
da Leitura
|
Estudo
do Linux Educacional 3.0 e Captura e trabalho com imagens
|
25/06
|
Tarde
|
2h
|
Coord.
do Lab. Informática
|
Trabalho
com programa Linux Criação de blogs pedagógicos.
|
02/07
|
Tarde
|
2h
|
Coord.
do Lab. Informática
|
Estudo
do editor gráfico Kolour Paint. Analise de sites pedagógicos.
Estudos de tutoriais
|
13/08
|
Tarde
|
2h
|
Coord.
do Lab. Informática
|
Competências
e Habilidades
|
25/08
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
Aplicativo
Calc. Organização da pasta Público. Análise e aplicação de
Webquests.
|
10/09
|
Tarde
|
2h
|
Coord.
do Lab. Informática
|
TOTAL:
40h
|
ANOS
FINAIS:
Temas
|
Data
|
Turno
|
Carga
horária
|
Assessoria
|
|
Reflexão
sobre a aprendizagem
|
24/02
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
|
Projeto
Político Pedagógico e gestão democrática. Estudo do PDE
interativo. Debate e definição das metas para 2012.
|
17/03
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
|
Ensino
na escola e a pesquisa
|
10/04
|
Manhã
|
2h
|
Equipe
Gestora
|
|
Interdisciplinaridade,
metodologia de projetos, tema gerador e eixos temáticos
|
14/04
|
Manhã
|
4h
|
Equipe Gestora
|
|
Adolescência
e a escola
|
17/04
|
Manhã
|
2h
|
Equipe Gestora
e Psicóloga
|
|
Tematização
da avaliação na escola
|
28/04
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
gestora
|
|
Indisciplina
X disciplina: possibilidade de intervenções
|
08/05
|
Manhã
|
2h
|
Equipe Gestora
|
|
Formação
Moodle
|
15/05
|
Manhã
|
4h
|
UPF
|
|
Estudo
do Linux Educacional 3.0 e Captura e trabalho com imagens
|
29/05
|
Manhã
|
2h
|
Coord
.do Lab. Informática
|
|
Funcionamento
do cérebro
|
05/06
|
Manhã
|
2h
|
Equipe
Gestora
|
|
Prevenção
a violência sexual
|
12/06
|
Manhã
|
2h
|
Psicóloga
CEPIA
|
|
Trabalho
com programa Linux Criação de blogs pedagógicos.
|
03/07
|
Manhã
|
2h
|
Coord
.do Lab. Informática
|
|
Estudo
do editor gráfico Kolour Paint. Analise de sites pedagógicos.
Estudos de tutoriais.
|
07/08
|
Manhã
|
2h
|
Coord
.do Lab. Informática
|
|
Competências
e Habilidades
|
25/08
|
Manhã
|
4h
|
Equipe
Gestora
|
|
Aplicativo
Calc. Organização da pasta Público. Análise e aplicação de
Webquests.
|
04/09
|
Manhã
|
2h
|
Coord
.do Lab. Informática
|
|
TOTAL:
40h
|
|||||
- RECURSOS
-
Humanos: Equipe Gestora, grupo de professores e assessoria.
-
Financeiros: PDDE, PDE e verba bimestral municipal.
- Físicos: sala de aula, laboratório de informática e outros recursos multimidiais.
- Físicos: sala de aula, laboratório de informática e outros recursos multimidiais.
8.
AVALIAÇÃO
A
formação continuada será avaliada de acordo com os princípios da
proposta política pedagógica. Todo o processo será registrado em
forma de atas e relatórios que servirão para a continuidade do
trabalho. Ao término de cada encontro de formação, poderão ser
lançadas questões que servirão para avaliar o conteúdo e as
atividades desenvolvidas nas reuniões. No decorrer do ano, os
professores deverão apresentar, de forma prática, propostas de
trabalhos no laboratório de informática, a partir de ferramentas
estudadas, servindo estas como elementos qualificadores na sua
prática pedagógica.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL.
Ministério da Educação – LDB 9394/ - Brasília: MEC/SEF, 1996.
CAMPELLO,
Bernadete, Como orientar a pesquisa escolar Estratégias para o
Processo de Aprendizagem, Ed.Autêntica. In Revista Nova
Escola.2010.
CUNHA,
José Edmilsom da. Formação Continuada de Professores: Tendências
e Perspectivas da Formação Docente no Brasil. In:
http://www.scielo.br/
HERNÁNDEZ
, Fernando. Aprendendo com as inovações nas escolas. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1998.
FREIRE,
Madalena. A formação Permanente. In: Freire, Paulo: Trabalho,
Comentário, Reflexão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
LIBÂNEO,
José Carlos. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática.
Goiânia:
Alternativa,2004.
MARQUES,
Mario Osório. A formação do profissional da Educação. Ed. Atual.
Ijui (RS): Ed.Unijuí, 2000.
MORAN,
José Manuel. A educação que desjamos: Novos desafios e como chegar
lá. p.73-86. Papiros, 2007.
NÓVOA,
A. (Org) Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quichote, 1992.
PAPERT.
S.A máquina das crianças: Repensando a escola na era da
informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
PERRENOUD,
Phillipe. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
VASCONCELOOS,
Celso dos Santos – Coordenação do trabalho Pedagógico: Do
Projeto Político-Pedagógico ao Cotidiano da Sala de aula – São
Paulo: Libertad, 2002.